16 de fevereiro de 2025

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Drex: o que você precisa saber sobre a moeda digital do Brasil

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Divulgação/agenciagov.ebc.com.br

Você já ouviu falar do Drex? Essa é a sigla para o Real Digital, a moeda digital oficial do Brasil, que está sendo desenvolvida pelo Banco Central (BC). O Drex promete trazer mais inclusão, eficiência e segurança para as transações financeiras no país, usando a tecnologia de registro distribuído, também conhecida como blockchain. Mas o que é o Drex, como ele vai funcionar e quais são as suas vantagens e desvantagens? Neste post, vamos responder essas e outras perguntas sobre a nova moeda digital brasileira.

O que é o Drex?

O Drex é uma nova forma de representar o real, a moeda nacional, em uma plataforma digital. Ele será emitido e regulado pelo BC, assim como as cédulas e moedas físicas, e terá o mesmo valor e a mesma cotação do real convencional. O Drex será armazenado em carteiras digitais, que poderão ser acessadas por meio de aplicativos de bancos e instituições de pagamento autorizadas pelo BC. Com o Drex, será possível realizar diversas operações financeiras, como pagamentos, transferências, empréstimos, investimentos e compras de ativos digitais.

Como o Drex vai funcionar?

O Drex vai funcionar em uma plataforma digital chamada Plataforma Drex, que está sendo desenvolvida pelo BC usando a tecnologia de registro distribuído (DLT). Essa tecnologia permite que as transações sejam registradas e validadas de forma descentralizada, segura e transparente, sem a necessidade de intermediários. A Plataforma Drex será integrada ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que é o conjunto de regras, procedimentos e sistemas que garantem a movimentação de recursos entre os agentes econômicos no país.

Para usar o Drex, o usuário precisará ter uma conta em um banco ou instituição de pagamento autorizada pelo BC, que fará a conversão do real físico para o real digital, e vice-versa. O usuário também precisará ter um aplicativo de carteira digital, que permitirá o acesso à Plataforma Drex e a realização das transações com o Drex. O usuário poderá enviar e receber Drex de outros usuários, de forma instantânea e com baixo custo, usando o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do BC. O usuário também poderá usar o Drex para comprar e vender ativos digitais, como títulos públicos, criptomoedas e tokens, que estarão disponíveis na Plataforma Drex.

Quais são as vantagens do Drex?

O Drex tem como principais vantagens:

  • Inclusão: o Drex poderá ampliar o acesso aos serviços financeiros para a população que hoje não tem conta em banco ou que tem dificuldade de usar meios de pagamento tradicionais, como cartões e boletos. O Drex também poderá facilitar as transações internacionais, reduzindo as barreiras e os custos cambiais.
  • Eficiência: o Drex poderá aumentar a velocidade, a conveniência e a competitividade das transações financeiras, oferecendo mais opções e flexibilidade para os usuários. O Drex também poderá estimular a inovação e a diversificação dos produtos e serviços financeiros, como os contratos inteligentes, que são acordos automatizados que se executam de acordo com regras pré-definidas.
  • Segurança: o Drex poderá garantir mais confiança, transparência e rastreabilidade nas transações financeiras, usando a tecnologia de registro distribuído, que dificulta fraudes, falsificações e ataques cibernéticos. O Drex também poderá fortalecer a soberania monetária do país, mantendo o controle e a supervisão do BC sobre a emissão e a circulação da moeda digital.

Quais são as desvantagens do Drex?

O Drex também tem alguns desafios e riscos, como:

  • Privacidade: o Drex poderá gerar preocupações sobre a proteção dos dados pessoais e financeiros dos usuários, que estarão armazenados na Plataforma Drex e poderão ser acessados pelo BC e por outras entidades. O Drex também poderá aumentar a exposição dos usuários a crimes virtuais, como roubo de identidade, extorsão e sequestro de dados.
  • Educação: o Drex poderá exigir uma maior capacitação e conscientização dos usuários sobre o uso adequado e seguro da moeda digital, bem como sobre os seus direitos e deveres. O Drex também poderá demandar uma maior adaptação e atualização dos agentes financeiros, como bancos, comerciantes e reguladores, sobre as novas regras e tecnologias envolvidas na moeda digital.
  • Estabilidade: o Drex poderá afetar o equilíbrio e a dinâmica do sistema financeiro, alterando a demanda e a oferta de moeda, a formação de preços, a política monetária e a intermediação financeira. O Drex também poderá enfrentar a concorrência e a influência de outras moedas digitais, como as criptomoedas e as moedas digitais de outros países.

Quando o Drex vai estar disponível?

O Drex ainda está em fase de estudos e testes pelo BC, que tem consultado diversos especialistas, instituições e órgãos públicos sobre o projeto. O BC também tem realizado experimentos práticos com o Drex, como o LIFT Challenge Real Digital, que selecionou 12 propostas de soluções financeiras inovadoras usando a moeda digital. O BC espera lançar o Drex para o público no final de 2024, mas ainda não há uma data oficial definida.

Como se preparar para o Drex?

Se você quer se preparar para o Drex, algumas dicas são:

  • Acompanhe as notícias e as informações sobre o Drex no site do BC e em outros canais confiáveis.
  • Tire as suas dúvidas e faça as suas sugestões sobre o Drex por meio dos canais de comunicação do BC, como o Fale Conosco, o Cidadão BC e as redes sociais.
  • Experimente e compare as diferentes opções de carteiras digitais disponíveis no mercado, observando as suas funcionalidades, segurança, custos e benefícios.
  • Aprenda e pratique o uso do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do BC, que será a principal forma de movimentar o Drex.
  • Conheça e avalie os riscos e as oportunidades de investir em ativos digitais, como títulos públicos, criptomoedas e tokens, que estarão acessíveis na Plataforma Drex.

Acesse também:

Drex – Real Digital (bcb.gov.br)