17 de fevereiro de 2025

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Estados Unidos voltam à Lua após mais de 50 anos

Lançamento SpaceX/Reprodução X

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Na noite desta quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024, os Estados Unidos realizaram um feito histórico: pousaram uma sonda na superfície da Lua pela primeira vez desde 1972. A missão, chamada de IM-1, foi conduzida pela empresa privada Intuitive Machines, com o apoio da Nasa, a agência espacial americana.

O módulo lunar robótico, batizado de Odysseus, ou ainda pelo apelido “Odie”, transportou seis cargas de instrumentos para recolher dados do ambiente lunar. O objetivo é preparar o terreno para o retorno dos astronautas à Lua nos próximos anos, por meio do programa Artemis.

O pouso de Odie não foi fácil. A sonda enfrentou um problema de navegação que exigiu o uso de uma tecnologia experimental, baseada em sensores de laser, para determinar a altitude e a velocidade horizontal da espaçonave. Além disso, a comunicação com a Terra foi prejudicada pelo fraco sinal de rádio.

Apesar das dificuldades, Odie conseguiu pousar com sucesso na região chamada de Oceanus Procellarum, ou Oceano das Tempestades, um vasto campo de lava na superfície lunar. A Nasa confirmou o pouso às 20h23 (horário local) e parabenizou a Intuitive Machines pelo feito.

O pouso de Odie marca o retorno dos Estados Unidos ao satélite natural da Terra após mais de 50 anos. A última alunissagem americana foi realizada pela missão Apollo 17, em 1972, que levou os astronautas Gene Cernan e Harrison Schmitt. Desde então, nenhum humano pisou na Lua.

O envio de sondas privadas à Lua faz parte da estratégia da Nasa de estimular o desenvolvimento comercial do espaço. A agência contratou várias empresas para levar equipamentos e experimentos científicos ao solo lunar, antes de enviar novamente os astronautas.

A Intuitive Machines foi a segunda empresa a tentar uma missão lunar privada. Em janeiro, a empresa Astrobotic fracassou em sua tentativa de pousar na Lua, após um vazamento de combustível. Outras empresas, como a israelense SpaceIL e a indiana ISRO, também falharam em suas missões lunares nos últimos anos.

O sucesso de Odie abre caminho para novas explorações da Lua, que podem revelar mais sobre a origem e a evolução do nosso sistema solar. Além disso, a Lua pode servir como um trampolim para missões mais distantes, como Marte e além.

A missão IM-1 é um exemplo de como a parceria entre o setor público e o privado pode impulsionar a inovação e a descoberta no espaço. Os Estados Unidos voltaram à Lua, mas não estão sozinhos. Outros países, como China, Rússia e Japão, também têm planos de explorar o satélite natural. A corrida espacial está de volta, e promete ser mais competitiva e colaborativa do que nunca.

Fonte: G1, UOL, Terra, CNNBrasil